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sexta-feira, 27 de julho de 2012

[TRADUÇÃO] MAQUIA 2011.02 - Kame Camera VOL.2 Beleza


MAQUIA 2011.03 - Kame Camera

VOL.2 Beleza 

As pessoas e as paisagens belas que encontro todos os dias permanecem dentro do meu coração; um dia elas aparecerão como uma expressão minha.

   Foto por Kazuya Kamenashi
Este é o balcão da minha casa de onde posso ver minhas queridas árvores. As paisagens naturais, as pessoas... Eu sinto a “beleza” de muitas coisas e faço fotos delas, mas não poderia colocá-las em apenas uma foto. Quando me senti aí e relaxo, a beleza que encontrei dias atrás se organiza e se torna minha. É um lugar importante.

Eu me pergunto o que é a beleza. Limitando essa discussão ao meu trabalho, que dá importância para a aparência, acredito que a beleza do corpo e de ser legal são necessários e indispensáveis. Mas não é que possa sentir a beleza se a forma externa está bem proporcionada. Por exemplo, inclusive se há uma atriz incrivelmente bela em um lugar, há vezes em que sinto a beleza de uma AD [Assistente de Direção] com o cabelo despenteado que vai atrás dela [da atriz] e meu coração se agita.  Não é que eu goste de cabelos despenteados. Se tenho que dizer porque, não sei se é que me atraí seu interior. O fato é que o sentimento de beleza, ou quando eu o sinto, é “algo” que não posso expressar com palavras.

Inclusive eu, se digo “não acredito que seja bonito” falando sobre mim mesmo, seria mentira (risos). Isso não significa que eu esteja convencido! Mas, bem, não estou. Simplesmente é porque faço este tipo de trabalho e porque desenvolvi um sentimento de naturalidade e um sentimento de crise; além do mais, a imagem e os sentimentos de desejo de ser legal/bonito são fortes. É como se eu sempre estivesse trabalhando a meu modo para conseguir essa imagem. Mas é divertido porque não o consigo. As ações que tendo a fazer para consegui-lo as faço inconscientemente e não é um esforço para mim.

Depois de tudo, sou um homem que tenta ser presunçoso, não é?  É, mas... Eu nasci assim. (risos). Desde sempre eu cresci com minha família me dizendo: “Kazu, está tentando ser legal, não está?”. Inclusive durante os treinamentos de beisebol, com o objetivo de encantar e fazer que um jogo normal se transformasse em um bom jogo, eu fiz coisas como tentar pegar a bola depois de começar a correr um passo atrasado. Segui fazendo um monte desses exercícios como se fosse normal (risos). Não mudei, inclusive agora. No começo de um concerto uso óculos de sol e depois continuo com ele no cenário e não o tiro facilmente... Sem me dar conta, isso se transforma em uma atuação onde tento ser legal. Faço isso para fazer o público feliz também, mas provavelmente a razão principal é excitar a mim mesmo mais e mais. Sinto que cada vez que escuto “Kyaaaa!”, toca algo em meu interior e começo a ser uma pessoa diferente. O “eu” desse momento é legal! (risos). Sim, a beleza salta a uma emoção instantaneamente, assim que talvez seja algo que existe somente nesse momento.

Ser consciente da atenção pública e tentar agir legal. Creio que isso seja carinhoso também.

Não posso definir o “ser legal” ao qual aspiro em apenas uma palavra. Acredito que seja um conjunto de todas as coisas que sinto que são belas e encontro enquanto continuo vivendo, e as coisas legais que tocam meu coração, dia após dia. Quando vejo as árvores do meu balcão, ou inclusive quando consigo cozinhar algo habilmente, creio que essas coisas são belas. Mas ao final, já que me encanta os seres humanos, provavelmente desde criança, eu imito meus seres queridos sem me dar conta. Há um monte de pessoas do trabalho. Se tenho que dizer a alguém que todo mundo conheça, é Takuya Kimura-san. Ele sempre foi muito amável comigo como seu calouro, mas, inclusive olhando-o de perto ele é muito legal. É claro que seu comportamento e aparência, mas também sua atitude amável para com as pessoas é bela. Ele leva suas ações até o final, como dar coisas que [alguém] precisa de surpresa. 

Masaharu Fukuyama-san é assim também. Quando volto da sua casa, ele se incomoda em me acompanhar até que esteja fora.  Falando disso, uma vez ele me honrou dizendo-me: “Algumas partes de você se parecem comigo”. É raro, não? Fukuyama-san me disse: “É porque é muito amável com as garotas que não é popular entre elas. Esse seu lado é como eu.” Mas... Eu me pergunto se é assim? (risos). Não o entendo, mas talvez tenho algumas coisas em comum com aqueles que considero legais.

As pessoas que tem um “lado legal” que eu gosto são provavelmente as que se preocupam com a opinião dos outros em um bom sentido. Talvez porque eles sejam conscientes [da opinião dos outros] possam aumentar o seu sentido de beleza e ser amáveis com as pessoas. Por esta razão, já sabem, de agora em diante quero tentar ser legal (risos).  As pessoas ou algumas coisas que eu penso “Oh, são maravilhosas!”, antes que eu possa me dar conta, estão de volta a mim. Elas estão dentro do lugar mais profundo do meu coração e provavelmente emergirão automaticamente quando precisar delas. Neste sentido, talvez, minha beleza pessoal e meu “lado legal” se farão mais profundos, pouco a pouco.  


 Tradução para o espanhol: Lobanheridano Fukushu

Tradução para o português: JapanDa Blog

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